19 de out. de 2008

TUNEL DO TEMPO - Parte 3 - As festas de podolatria

Após meus primeiros dois anos com coleira deixo um pouco o BDSM de lado e começo a freqüentar e fazer amizades com a turma da podolatria, outra paixão que tenho, primeiramente através da lista "amor com podólatras" e logo após na sala de podolatria do Dominna.
Ainda me lembro da ansiedade em rever as amigas e amigos e da frustração de não poder em comparecer em algumas festas, uma época deliciosa mas também difícil em minha vida.
Algumas dessas festas foram memoráveis, assim como eram as Deusas que a freqüentavam, Noelli, Pzinho 34, Mell, Ana Morena, Madame X, Sensu, Mazinha, Juliete, Lady Dark, Monalisa, entre outras, além de amigos como Marvin QDQ e Ed Tapete, companheiros de grandes festas e farras.
Alguns momentos ficaram marcados, como o dia que conheci minha musa, Pzinho 34.
Estava sentado conversando com minha amada Ana Morena sentada no meu colo, quando vejo entrar pela porta do Dominna, uma baixinha sorridente, bela e demonstrando um astral delicioso e bem querida por todos, pergunto a Ana quem era, ela me diz ... é a Val, a Pzinho 34, não conhece? vai adorar ela, um amor de pessoa, mal sabia Aninha da minha paixão a primeira vista, saiu do meu colo e foi de encontro a ela.
Ela cumprimenta a todas vindo em direção a minha mesa, me preparo para cumprimentá-la quando alguém a puxa e apenas recebo um olá de longe, a vontade era de pular no pescoço de quem a puxou, rsss, fico olhando de longe aguardando minha vez. Subimos para sala de podo e passo a noite de longe admirando-a, meio tímido e me divertindo com amigas já conhecidas.
Particularmente não gosto da sensação de dor do trampling, de ser pisado com saltos, gosto mais de sentir meus lábios tocando os pezinhos juntamente com troca de olhares e de ter o pé acariciando meu peito meu rosto e meu sexo.
Mesmo assim literalmente viajo durante um trampling feito pela minha querida Madame X, simplesmente não via mais nada na sala lotado , não sentia dor, olhos nos olhos, sorrisos maliciosos, pés percorrem o corpo e o rosto, parecia em transe, tanto que quase não percebi mais uma Deusa andando sobre mim e só fiquei sabendo quem era no dia seguinte, pois é, era ela, Pzinho 34, e sequer vi, até hoje não me conformo, rs.
Mais algumas brincadeiras com as deliciosas Juju e Ana Morena, e promessas de mais para a próxima festa.
Ahh Aninha, como você mexia com nossos pensamentos, Morena Jambo, pezinhos deliciosos, corpo escultural, coxas grossas, cor do pecado, de uma alegria e carisma impar, como era disputada, como era querida e como era gostoso estar brincando com seus pezinhos com pensamentos muitos mais além, rs.
Nesse ínterim faço amizade com minha musa pelo msn e vou determinado a não passar em branco nesta vez.
Se já estava encantado ao vê-la pela primeira vez, agora literalmente me entreguei ao vê-la,...ela veio com um vestido vermelho e uma sandália de tiras vermelha, uma das mais belas visões que tive em minha vida, estava simplesmente linda e sensual.
E pela primeira vez pude contemplar e ter em minha boca o que até hoje é meu pezinho preferido, uns dos mais lindo que já vi, numero 34, branquinhos, marquinhas de sandália, dedinhos perfeitos, unhas pintadas de vermelho, bem torneado, macio, affff, deu calor. rs.
Valzinha ou Pzinho 34 se tornou amiga de coração, confidente, de passeios baunilhas, brincadeiras e dona de um lugar cativo em meu coração.
Dedico essa fase as 3 pessoas mais presentes nessa época, Pzinho 34, Ana Morena e Madame X.

A vocês meninas que alegravam aquelas minhas noites de sexta, todo meu carinho por todos momentos de risos, sensualidade e prazeres e amizade que vivemos.


POEMA À PODOLATRIA

Sinto seu olhar perdido, meus Pés à mostra, dedos, pele, solas, dobras clamam pela sua aproximação.

Meu corpo denuncia a febre, trêmulo de um desejo enlouquecido perco a razão ao sentir seu primeiro toque, sensual, morno e molhado.

Teu olhar tem um brilho a mais, ao sentir o toque de meus saltos em tua face, mesmo sob pressão, um leve gemido, quase um sussurro você se submete, implora, lambendo suas formas.

Não esboço reação sequer, diante daquele êxtase, sentindo a pele do seu rosto em minha sola, que desliza, tocando cada vez mais forte descobrindo as sensações de prazer antes não vividas.

Como poderia até então ter-me privado destas deliciosas sensações, tocar e deixar-me ter os pés adorados, misto de sede, fome, com êxtase ao suave deslizar do calor de sua língua perdida entre meus dedos.

O movimento de teus lábios sedentos sobre o dorso desnudo roçando minha pele se apossando das minhas partes como se já conhecesse cada vibração de meu corpo.

Meu prazer é o seu prazer, você me tira o centro e eu desconcerto você. Não há disputa entre nós, naquele momento o tempo pára, o ar pesa, o calor com tesão invade nossos corpos, e seu gozo quente se mistura ao meu orgasmo num prazer só, nem eu nem você, apenas nós.

Por DoceNickaRJ

http://www.paralerepensar.com.br/adocicada_poemapodolotria.htm

17 de out. de 2008

A lista - Oswaldo Montenegro

Espaço musical - Oswaldo Montenegro

A lista

Faça uma lista de grandes amigos
Quem você mais via há dez anos atrás
Quantos você ainda vê todo dia
Quantos você já não encontra mais...

Faça uma lista dos sonhos que tinha
Quantos você desistiu de sonhar!
Quantos amores jurados pra sempre
Quantos você conseguiu preservar...
Onde você ainda se reconhece
Na foto passada ou no espelho de agora?

Hoje é do jeito que achou que seria
Quantos amigos você jogou fora?
Quantos mistérios que você sondava
Quantos você conseguiu entender?

Quantos segredos que você guardava
Hoje são bobos ninguém quer saber?
Quantas mentiras você condenava?
Quantas você teve que cometer?
Quantos defeitos sanados com o tempo
Eram o melhor que havia em você?

Quantas canções que você não cantava
Hoje assobia pra sobreviver?
Quantas pessoas que você amava
Hoje acredita que amam você?

12 de out. de 2008

TÚNEL DO TEMPO - Parte 2 - Primeira coleira

Ao mesmo tempo em que tentava fazer amizades na sala de SM do Uol, teclava na sala de inversões de papéis com alguém com o nick de Nanda, meses de papo, afinidades mútua, desejos em comum, fantasias idênticas, encontro marcado.... ela não veio, fez-se névoa em meu coração, será que outra tentativa de viver algo real, seria apenas promessa, mais alguns meses de conversa, novo encontro marcado... ela veio, coração a mil, ela entra no carro, sorriso tímido, conversas amenas, olhares, sensações diversas, medo e excitação, seguimos para o motel.
Enfim realizando um sonho, enfim aos pés de uma mulher, sendo submetido, sentindo pela primeira vez o peso de uma mão no rosto, chicotadas pelo corpo, possuindo e sendo possuído.
Ela me pediu um nick e a partir dai, Nanda virou Deusa Negra e eu {kleiton}_DN, comecei a entender qual o significado de uma coleira, as sensações de se submeter, de sentir na pele e na alma o que tanto sonhei, um jardim com flores e espinhos.

Foi um ano de descobertas, ao seu lado fui pela primeira vez ao Dominna, na luxuosa e eterna "Casa Amarela", passar por aquele portão ao seu lado, ser apresentado como seu escravo, conhecer pessoas que eram apenas nick através da tela do PC, como Rainha Tara, Rainha Má, Ana Morena, Sadic, Bela, jerry, sub lobo, entre outros, foi de uma sensação indescritível.
Até hoje não esqueço a primeira cena vista, Bela dominando uma submissa, seus gritos, seu corpo envolto em marcas, vergões, roxos...meus olhos brilhavam, mas não em estar no lugar dela, como seria natural, mas sim dominando... o sádico já estava dando sinal de vida, mas haveria ainda um caminho muito longo até liberta-lo.
Minha primeira cena pública, mistura de timidez, vergonha e tesão, quase nu, algumas chicotadas, mãos percorrendo meu corpo, olhares em minha direção. ainda lembro da Ana Morena, comentando da minha cara de prazer, por estar sendo exibido para amigas queridas, o exibicionista pulsa.

Ao seu lado, comecei a me encontrar, a conhecer meu corpo, seus desejos e anseios, contigo vive momentos maravilhosos, antes apenas sonhos distantes, me fez mais livre, mais intenso, mais homem, mais determinado e seguro, me deu personalidade até mesmo para enfiar um punhal em meu próprio coração, tivemos nosso tempo, 02 anos, que foram eternos, ou melhor estarão eternamente enraizados em meu coração e em meus pensamentos.
Dedico-lhe novamente um dos muitos versos que fiz pra ti, infelizmente muitos se perderam e o que eu queria não achei, mas esse exprime um pouco dos momentos maravilhosos em que fui teu. Grato por tudo.
Kleiton*
POST DEDICADO A DEUSA NEGRA

APÓS OUTRA DELICIOSA SESSÃO
SUPLICO-LHE POR ÁGUA
RI DEBOCHADA
ANDAS, EM MINHA DIREÇÃO...
MAS NÃO ME DÁ NEM ÁGUA, NEM VINHO...
PREFERE ALIMENTAR-ME DE SUA FONTE
COM LÁBIOS SECOS E MINHA GARGANTA SECA
ABRAÇA-ME COM AS PERNAS
LÁBIOS ENTREABERTOS
AFOGAS MEU ROSTO EM TEU INTÍMO
ENLOUQUECE-ME E ME AFOGO
ENTREGO-TE MINHA BOCA
QUE SE EXPANDE E SE AVOLUMA
PARA ACOLHER-TE
RECEBES A CARICIA DESTA BOCA ATREVIDA
QUE ALISA E DESFRUTA TUA INTIMIDADE
SINTO TEU TREMOR
APERTAS MINHA CABEÇA COM A FORÇA DE TUAS PERNAS,
ESTÁS POR POUCO...
EXCITADA RESPONDE AOS MEUS GEMIDOS
SOLTA-ME, QUASE DESFALECIDO...
RECUPERO-ME E ME ENTRELAÇA NOVAMENTE
ENVOLTO EM SUAS PERNAS, PADEÇO
COM MAIS FORÇA ME APERTA
AINDA MAIS ALUCINADA
COMO UMA SERPENTE ME ENVOLVE
SUFOCA-ME E ESTREMECE
SUGO SEU GOZO ATÉ A ULTIMA GOTA
E POR FIM AINDA SEDENTO
RASTEJO PARA SACIAR MINHA SEDE
TE VEJO AO LONGE
DEITADA, SACIADA, FELIZ, VOLUPTUOSA.
TE OLHO SEDENTO..
SEDENTO EU ESTOU

ADAPTAÇÃO DO TEXTO DE BARBARA AIMAR

Kleiton*

Algumas dicas para quem está iniciando

São muitas duvidas ao se deparar com esse mundo novo que é o BDSM, muitas amarras para se libertar, talvez o passo mais difícil de ser dado nessa longa jornada.
Se há um conselho que posso dar é ter paciência, o inicio é a fase mais difícil pra quem deseja viver uma relação SM, as duvidas são inúmeras, receios e medos fazem parte do dia a dia, além de ser um terreno novo e estranho e ao mesmo tempo encantador.

Porém para ser ter um bom início o principal é a ESCOLHA, há uma ansiedade enorme em se vivenciar algo e muitas vezes é o que atrapalha, aqueles sinais de perigo não são vistos, a intuição feminina perde seu poder, tudo porque o pretendido lhe disse algumas palavras bonitas, lhe tratou com firmeza, demonstrou poder de domínio virtual, porque escreve bem, explica de forma encantadora cada pratica e cada situação, tudo isso é muito lindo, mas o que deve pesar ainda é o caráter e a intenção, muitas vezes escondidas atrás de palavras bonitas.
Fuja de pessoas que não tem passado, tipo, tenho 10 anos de SM, mas ninguém conhece, teve inúmeras escravas, mas não cita o nomes delas ou ninguém as conhece, procure sempre ter informações sobre Ele, cuidado com quem já teve 5 nicks diferentes, não sei o motivo de se trocar, mas boa coisa nem sempre é, se Ele for iniciante, mais cuidado ainda, pode ser que seja bem intencionado, mas também não o seja, é preciso ter conhecimento para certas praticas.

E veja bem, sempre tive comigo um pensamento, Dono é consequência, de conversas, conhecimento, experiências vividas, etc, não há necessidade de se começar com um Dono, basta ter alguém em quem confie pra que lhe inicie e assim após você se conhecer melhor como submissa, procurar alguém para servir.
O BDSM é para ser vivido independente de ser ter Dono ou Dona, isso é consequência de um caminhar natural.
Kleiton*

Humor - Depilação Feminina


"Tenta sim. Vai ficar lindo ..."

Foi assim que decidi, por livre e espontânea pressão de amigas, me render à depilação na virilha. Falaram que eu ia me sentir dez quilos mais leve. Mas acho que pentelho não pesa tanto assim. Disseram que meu namorado ia amar, que eu nunca mais ia querer outra coisa. Eu imaginava que ia doer, porque elas ao menos me avisaram que isso aconteceria. Mas não esperava que por trás disso, e bota por trás nisso, havia toda uma indústria pornô-ginecológica-estética.

- Oi, queria marcar depilação com a Penélope.
- Vai depilar o quê?
- Virilha.
- Normal ou cavada?

Parei aí. Eu lá sabia o que seria uma virilha cavada. Mas já que era pra fazer, quis fazer direito.

- Cavada mesmo.
- Amanhã, às... Deixa eu ver...13h?
- Ok. Marcado.

Chegou o dia em que perderia dez quilos. Almocei coisas leves, porque sabia lá o que me esperava, coloquei roupas bonitas, assim, pra ficar chique. Escolhi uma calcinha apresentável. E lá fui. Assim que cheguei, Penélope estava esperando. Moça alta, mulata, bonitona. Oba, vou ficar que nem ela, legal. Pediu que eu a seguisse até o local onde o ritual seria realizado. Saímos da sala de espera e logo entrei num longo corredor. De um lado a parede e do outro, várias cortinas brancas. Por trás delas ouvia gemidos, gritos, conversas. Uma mistura de "Calígula" com "O albergue".
Já senti um frio na barriga ali mesmo, sem desabotoar nem um botão. Eis que chegamos ao nosso cantinho: uma maca, cercada de cortinas.
- Querida, pode deitar.
Tirei a calça e, timidamente, fiquei lá estirada de calcinha na maca. Mas a Penélope mal olhou pra mim. Virou de costas e ficou de frente pra uma mesinha. Ali estavam os aparelhos de tortura. Vi coisas estranhas. Uma panela, uma máquina de cortar cabelo, uma pinça. Meu Deus, era O Albergue mesmo.
De repente ela vem com um barbante na mão. Fingi que era natural e sabia o que ela faria com aquilo, mas fiquei surpresa quando ela passou a cordinha pelas laterais da calcinha e a amarrou bem forte.
- Quer bem cavada?
- .é... é, isso.
Penélope então deixou a calcinha tampando apenas uma fina faixa da Abigail, nome carinhoso de meu órgão, esqueci de apresentar antes.
- Os pêlos estão altos demais. Vou cortar um pouco senão vai doer mais ainda.
- Ah, sim, claro.
Claro nada, não entendia porra nenhuma do que ela fazia. Mas confiei. De repente, ela volta da mesinha de tortura com uma esp átula melada de um líquido viscoso e quente (via pela fumaça).
- Pode abrir as pernas.
- Assim?
- Não, querida. Que nem borboleta, sabe? Dobra os joelhos e depois joga cada perna pra um lado.
- Arreganhada, né?
Ela riu. Que situação. E então, Pê passou a primeira camada de cera quente em minha virilha Virgem. Gostoso, quentinho, agradável. Até a hora de puxar.
Foi rápido e fatal. Achei que toda a pele de meu corpo tivesse saído, que apenas minha ossada havia sobrado na maca. Não tive coragem de olhar. Achei que havia sangue jorrando até o teto. Até procurei minha bolsa com os olhos, já cogitando a possibilidade de ligar para o Samu. Tudo isso buscando me concentrar em minha expressão, para fingir que era tudo supernatural.
Penélope perguntou se estava tudo bem quando me notou roxa. Eu havia esquecido de respirar. Tinha medo de que doesse mais.
- Tudo ótimo. E você?
Ela riu de novo como quem pensa "que garota estranha". Mas deve ter aprendido a ser simpática para manter clientes. O processo medieval continuou. A cada puxada eu tinha vontade de espancar Penélope. Lembrava de minhas amigas recomendando a depilação e imaginava que era tudo uma grande sacanagem, só pra me fazer sofrer. Todas recomendam a todos porque se cansam de sofrer sozinhas.
- Quer que tire dos lábios?
- Não, eu quero só virilha, bigode não.
- Não, querida, os lábios dela aqui ó.
Não, não, pára tudo. Depilar os tais grandes lábios ? Putz, que idéia. Mas topei. Quem está na maca tem que se fuder mesmo.
- Ah, arranca aí. Faz isso valer a pena, por favor.
Não bastasse minha condição, a depiladora do lado invade o cafofinho de Penélope e dá uma conferida na Abigail.
- Olha, tá ficando linda essa depilação.
- Menina, mas tá cheio de encravado aqui. Olha de perto.
Se tivesse sobrado algum pentelhinho, ele teria balançado com a respiração das duas. Estavam bem perto dali. Cerrei os olhos e pedi que fosse um pesadelo.
"Me leva daqui, Deus, me teletransporta". Só voltei à terra
quando entre uns blábláblás ouvi a palavra pinça.
- Vou dar uma pinçada aqui porque ficaram um pelinhos, tá?
- Pode pinçar, tá tudo dormente mesmo, tô sentindo nada.
Estava enganada. Senti cada picadinha daquela pinça filha da mãe arrancar cabelinhos resistentes da pele já dolorida. E quis matá-la. Mas mal sabia que o motivo para isso ainda estava por vir.
- Vamos ficar de lado agora?
- Hein?
- Deitar de lado pra fazer a parte cavada.
Pior não podia ficar. Obedeci à Penélope. Deitei de ladinho e fiquei esperando novas ordens.
- Segura sua bunda aqui?
- Hein?
- Essa banda aqui de cima, puxa ela pra afastar da outra banda.
Tive vontade de chorar. Eu não podia ver o que Pê via. Mas ela estava de cara para ele, o olho que nada vê. Quantos haviam visto, à luz do dia, aquela cena? Nem minha ginecologista. Quis chorar, gritar, peidar na cara dela, como se pudesse envenená-la.
Fiquei pensando nela acordando à noite com um pesadelo. O marido perguntaria:
- Tudo bem, Pê?
- Sim... sonhei de novo com o cu de uma cliente.
Mas de repente fui novamente trazida para a realidade. Senti o aconchego falso da cera quente besuntando meu Twin Peaks. Não sabia se ficava com mais medo da puxada ou com vergonha da situação. Sei que ela deve ver mil cus por dia. Aliás, isso até alivia minha situação. Por que ela lembraria justamente do meu entre tantos? E aí me veio o pensamento: peraí, mas tem cabelo lá? Fui impedida de desfiar o questionamento. Pê puxou a cera. Achei que a bunda tivesse ido toda embora. Num puxão só, Pê arrancou qualquer coisa que tivesse ali. Com certeza não havia nem uma preguinha pra contar a história mais. Mordia o travesseiro e grunhia ao mesmo tempo. Sons guturais, xingamentos, preces, tudo junto.
- Vira agora do outro lado.
Porra.. por que não arrancou tudo de uma vez? Virei e segurei novamente a bandinha. E então, piora. A broaca da salinha do lado novamente abre a cortina.
- Penélope, empresta um chumaço de algodão?
Apenas uma lágrima solitária escorreu de meus olhos. Era dor demais, vergonha demais. Aquilo não fazia sentido. Estava me depilando pra quem? Ninguém ia ver o tobinha tão de perto daquele jeito. Só mesmo Penélope. E agora a vizinha inconveniente.
- Terminamos. Pode virar que vou passar maquininha.
- Máquina de quê?!
- Pra deixar ela com o pêlo baixinho, que nem campo de futebol.
- Dói?
- Dói nada.
- Tá, passa essa merda...
- Baixa a calcinha, por favor.

Foram dois segundos de choque extremo: "Baixe a calcinha".... como alguém fala isso sem antes pegar no peitinho? Mas o choque foi substituído por uma total redenção. Ela viu tudo, da perereca ao cu. O que seria baixar a calcinha? E essa parte não doeu mesmo, foi até bem agradável.

- Prontinha. Posso passar um talco?
- Pode, vai lá, deixa a bicha grisalha.
- Tá linda! Pode namorar muito agora.
Namorar...namorar?!... eu estava com sede de vingança.
Admito que o resultado é bonito, lisinho, sedoso. Mas doía e incomodava demais. Queria matar minhas amigas. Queria virar feminista, morrer peluda, protestar contra isso. Queria fazer passeatas, criar uma lei antidepilação cavada.
Mas eu ainda estou na luta... quero ver se consigo comprar o domínio na internet e criar um blog, tipo : www.preserveasbucetaspeludas. com.br.

11 de out. de 2008

Falta de estima no BDSM


Penso que uma pessoa com baixa estima, não está apta a vivenciar relações BDSM, muito menos em busca de soluções ou de esconder suas frustrações. Como ficaria a cabeça de uma pessoa com baixa estima ao ser humilhada constantemente, muitas vezes delas tocando naquilo que a faz não ter amor próprio, sou não psicólogo, mas penso que isso só servirá pra abalar ainda mais a estima dessa pessoa.

E na minha opinião isso vale para os dois lados do chicote, ou seja, como alguém poderia dominar outra pessoa se nem por ela mesma tem estima, seria no mínimo preocupante servir uma pessoa assim.

Sem contar que uma pessoa sem estima tende sempre a se envolver com pessoas que só lhe farão mal, fará com certeza escolhas erradas, o que só poderá agravar a situação, sem contar todas as estórias diárias de pessoas que acabaram caindo em mãos de pessoas sem caráter e sem escrúpulos, envolvendo-se sempre em relações destrutivas, que buscam apenas se aproveitar, nada mais além.
Alguém sem estima, deixar de ouvir sua intuição, de reconhecer os sinais de perigo, fica dependente da opinião alheia e principalmente não se respeita, desta forma apenas se anulando e não sob o domínio de alguém
Dominar ou se entregar são situações que requer antes de tudo muita auto estima, são muitas as situações aonde o psicológico será abalado, testado e exposto as mais variadas formas de humilhações, o que requer de quem Domina, responsabilidade, equilíbrio, discernimento e bom senso, não vejo como pessoas sem amor próprio possam ter tais qualidades a ponto de vivenciar uma relação tão intensa como uma relação SM.
Além do mais dominar alguém sem estima, sem amor próprio, de personalidade nula, não deve ser nada excitante, o tesão está em dominar pessoas de personalidade forte, com estima, inteligência, equilibradas, que se valorizam como pessoas, que se submetem pelo domínio de quem as possuí e não apenas por não se dar valor como ser humano. Dominar alguém sem estima passa longe de ser um domínio sadomasoquista. O que mais dificulta a busca de algo que se quer é o nível da nossa auto-estima.
Kleiton*


10 de out. de 2008

69 com Magda Almodovar

Sessenta e nove... um número... um preço...
um ano... uma idade... uma vontade...
Sessenta e nove... uma forma ...um desenho..
um movimento de linhas curvas... um apelo...
Sessenta e nove... uma fantasia sexual...
Sessenta e nove... você... eu... o prazer...
Sessenta e nove vezes já fizemos 69 ...nunca igual...
Sessenta e nove horas de sabor e descobertas...
Sessenta e nove, o nosso... é delírio... é feito de gotas...
chuva... línguas... narizes... cheiros... sabores... amor...
Sessenta e nove ...
é nossa viagem aos sucos que nascem em nosso interior...
Sessenta e nove... as vezes começo... as vezes durante...
as vezes fim... sempre entrega...
Sessenta e nove pudores que você derrubou...
Me lembro a primeira vez...
Fechada em medos... receios... conceitos... preconceitos... em pudor...
Meigamente você tomou meus lábios...
invadiu minha boca... sugou meus seios...
Lentamente percorreu o caminho até meu umbigo... ali se deteve...
lambendo... introduzindo sua língua quente...
Dancei e me ofereci...
Você me desenhava o ventre com a língua...
as mãos brincando em meus mamilos... me fez instinto faminto...
Mordiscou meus pêlos... puxou-os suavemente com os dentes...
Suas mãos agora apertavam meu traseiro...
levantavam-me para facilitar seus beijos em meus grandes lábios...
Gemendo eu dizia delírios... dizia pare... dizia me penetra , meu amor...
Minha cabeça girava...
em mim surgia a vontade de pesquisar seu membro forte
que me tocava as pernas, ensandecido de desejo de ser lambido...
chupado... saboreado com amor...
Por segundos tive pânico... era tão nova esta vontade... este despudor...
Quis gritar minha vontade...
Não houve necessidade...
Você sabe fazer amor...
Girou seu corpo amado...
Ofereceu seu membro adorado...
Fêmea ...apenas fêmea... só instinto... me tornou...
Deus! Que gosto... poder saber seu gosto... engolir seu sabor...
Com cuidado percorri este poderoso instrumento rijo, de textura macia,
fina pele em sua borda... sensível... forte...
na justa medida da minha fome de comer amor...
Sua língua me invadia... minha boca o engolia...
sugávamos os sucos do amor...
Sede saciada... desejo crescente... loucura presente...
fizemos chuva de amor...
Sessenta e nove é linha curva
que em círculo aprisiona e liberta nosso amor...

Magda Almodóvar

4 de out. de 2008

TUNEL DO TEMPO - Parte 1 - O inicio


Em matéria de sexo sempre fui bem curioso, sempre gostei de novidades, de inovar, de procurar sensações novas e de experimentar. Daí chegar ao SM foi apenas questão de tempo, como quase todo mundo já brincava de SM antes mesmo de saber o que era... amarrei, usei algemas, vendei e fui vendado, chuva dourada, levei tapas, dei outros, podolátria, tudo de forma baunilha e como um e com mulheres totalmente baunilhas.

Ao entrar no mundo virtual, vi que isso podia ir muito mais além, comecei pelo Chat do Uol e vi que não seria tão simples assim, panelinhas formadas, ninguém com paciência para iniciantes, não existia na época orkut, nem sabia da existência da listas do Yahoo, enfim, não havia a facilidade de hoje.

Depois de meses tentando uma aproximação já estava por desistir, foi quando encontrei finalmente alguém com disposição de dedicar uns minutos a um iniciante, um curioso apenas, tive a felicidade na ultima tentativa de entrar para o meio de encontrar Rainha T@r@..., foram mais de duas horas de bate papo, me explicou muita coisa, mostrou seu delicioso blog, de uma gentileza impar e humor contagiante, mal sabia que ali estava nascendo uma amizade que já dura 10 anos.

Hoje não me vejo somente baunilhando, no mínimo algo próximo a um sexo apimentado, se o básico antes era pouco muito anos atrás, hoje então nem se fala.

A pratica que mais me chamou a atenção, foi o spank, ver pessoas sofrendo, chorando, aqueles rostos com feições de dor, desespero, as marcas, tudo de forma consensual, mexeu comigo, todavia, ao ver aquelas fotos de mulheres fetichistas, lindas dominando de forma sexual um homem... me encantou, ambos os lados me excitavam.

Porém optei pelo lado que achei mais fácil (em termos de aprendizado), a submissão, não me achava pronto para ter alguem sob meu domínio, mas essa parte fica para um futuro tópico, nesse primeiro post do "túnel do tempo" apenas dedico a minha amada Rainha T@r@..., que praticamente me introduziu ao meio, dando a oportunidade de viver tudo que já vivi nesses 10 anos de BDSM.

Kleiton*

POST DEDICADO A RAINHA T@R@...


De todos prazeres que senti nessa minha caminhada
Ter sua amizade, iluminou meu mundo, abriu portas, floriu meu coração
E a minha vida tomou um rumo completamente diferente.
Se cresço e me fortaleço a cada dia devo a Você

Nesses 10 anos nós compartilharmos segredos com confiança, o respeito
mútuo, a dignidade de uma amizade sincera.
Se jamais compartilhamos momentos de prazer, não me pergunte porque, rss.
Desfrutei de algo bem maior o privilégio de estar o seu lado como amigo.
Você foi um presente, em minha vida.
Sua beleza me encanta, seu sorriso me fascina, seu olhar me arrepia,
Sua voz me cala, sua boca me dá água na boca, a mulher me tesa.
Mulher delicada, sensual, sádica, bela e de um carisma impar, mas
muito mais que isso, Você é, e sempre será minha eterna amiga

Kleiton*




2 de out. de 2008

O que penso sobre ser Dominador




Penso que emoções e sentimentos não devam ser escondidos ou reprimidos pelo simples fato de ser um Dominador. Por que não desabafar, confidenciar, partilhar nossa intimidade, nossos anseios, nossas preocupações com aquela que nos pertence, que mal há nisso?


Por que essa angustia de demonstrar que ser Dom é ser, um Ser Superior a tudo ou ainda mais, por que essa necessidade de ver seu Dono como alguém que não tem seus medos, receios, inseguranças, fraquezas, limitações, etc, somos Seres Humanos ou não?

Por que ter a necessidade de ser alguém tão superior sempre, quem esconde a realidade, finge, faz pose, quer mostrar-se perfeito e o virtual acaba consumindo o real e assim está construindo um monstro dentro de si.

Nada pior que viver de aparências e ser uma pessoa com muito verniz e pouca raiz, ao final seu destino é a intolerância, o mau humor, ausência e falta de comprometimento com aquela que lhe dá de tudo, principalmente prazer.
Por que rejeitar o Ser Humano que há em nós em prol de uma aparência que nem sempre é do nosso intimo?

Qual a necessidade da fantasia sobrepor o Ser Humano e não poder cada um ser o que é, com todos seus defeitos e qualidades, sim, por que TOP também tem defeitos, isso de Dono perfeito, relações perfeitas, são apenas palavras, fantasias, não existe uma relação perfeita, apenas momentos perfeitos.

Aceitar-se, aceitar, ser aceito, aceitar as críticas, saber seus limites e limitações é ter sabedoria e bom senso e confiar em si antes de tudo.
Será que é falta de confiança a aquela que lhe confia à própria vida?
Ou simplesmente machismo? Sem confiança, não há relacionamento.
A desconfiança é falta de fé em si, nos outros e em seu poder de domínio.
Por que um Dominador não pode ter bom humor, pra que ser sisudo pra demonstrar superioridade e poder de domínio?

A pessoa alegre tem o dom de alegrar o ambiente em que vive e as pessoas que fazem parte de seu convívio.
Às vezes é preciso saber renunciar, saber perder a vantagem e valores para ganhar outros.
Poder abrir seu coração com aquela que lhe pertence, pode ser um ganho ainda maior, de entrega, de companheirismo, de respeito, de sedução e até para romper limites, domínio também se faz com transparência.
.
Perde-se aquela áurea do Dom todo poderoso que no fundo todo mundo sabe, lá no fundo, não existe a não ser em fantasias e sonhos, mas se ganha muito mais, disso tenho a plena certeza.
Afinal antes de tudo pra se ter domínio, é necessário antes de Bom Senso.

Kleiton*

Bem vindos


Sou Switcher, apesar de um dos lados estar bem congelado, seja por falta de desejo ou de alguém que faça o sangue ferver e vivendo plenamente a Dominação, ainda me considero um Switcher.

Não tenho porque deixar de ser, possuo um passado como submisso, do qual muito me orgulho e através dele e de minhas relações fiz amizades, fiquei sendo conhecido, vivi momentos mágicos nesse período ao lado de pessoas maravilhosas e especiais, esquecer esse passado seria jogar no lixo toda magia que vivi nessa época e principalmente não dar valor a tudo que essas pessoas me proporcionaram nesse período, que foram além de mágicos de aprendizado e crescimento.

No fundo, sou apenas um Homem apaixonado pela vida e pelo prazer, que se permite viver intensamente sem neuras ou preconceitos todos os prazeres que a vida nos oferece.
Sou muito mais sádico que Dominador, mas como vejo o BDSM como algo muito maior que apenas um "bater e apanhar" cobro submissão de quem me pertence sem muita liturgia , não por ser contra, apenas por não vir de encontro ao meu estilo de ser ou do modo como costumo me relacionar com as pessoas independente da posição que ocupam no meio.

Aqui os amigos irão encontrar um pouco do que vivi, um pouco do que vai na mente e na alma deste Ser, que vive em função de apenas viver a vida em sua plenitude, sem dar importância a rotulos, convenções, pudores, preconceitos, etc. Simplesmente "Ser".

Kleiton*