É comum as pessoas se apaixonarem pela essência da outra pessoa, mas quando conquistadas, a primeira coisa que cobram é uma mudança radical nessa essência ou postura, o amor vira uma prisão, e se a outra parte deixar ela perderá sua essência em prol de um amor, no fim ganhasse um amor, mas perdesse a alma.
As pessoas mudam quando entram uma relação, é preciso se adaptar a essa nova relação, acho isso perfeitamente natural, desde que seja feito sem cobranças, sem imposição, quando se ama isso acontece naturalmente mudar algumas posturas e pensamentos, abrir mão de uma coisa ou outra sem contudo perder sua essência.
Mas o mais comum é as pessoas reprimirem seus desejos, suas fantasias, suas taras, seu tesão por outra pessoa, porque o amor vivido e considerado normal, é amor com um preço a pagar, o de deixar de realizar os desejos da sua alma em prol de ser aceito e amado pela outra parte.... a famosa fidelidade sexual.
Não estou pregando aqui a libertinagem, nem a prosmicuidade e sim meu modo de ver o que é o verdadeiro amor e a liberdade de amar em liberdade, sem se castrar pelo simples fato de estar se relacionando com alguém, sem ter que pagar um preço ou ter que fingir que está pagando.
Fingir sim, porque eu não acredito em fidelidade muito mais na fidelidade masculina,e hoje em dia a feminina está tão masculina como a própria.
O homem é carnal, seus pensamentos são carnais, seus desejos são carnais, ele não deixará de sacia-lo, só porque ama outra pessoa, dai nasce o fingimento, a infidelidade, as traições, as mascaras, etc.
Pois se falar de suas vontades a outra parte, ela (e) corre o risco de perde-la, ou será jogado na cara que há um preço para se amar e ser amado.
Duvido que exista um homem que resista a uma capa da playboy, por exemplo, ele irá mesmo que seja apenas pra contar aos amigos que comeu e isso nao quer dizer que ele irá repetir ou virar amante, apenas irá saciar seu desejo carnal.
Eu falo por mim, sei que jamais seria fiel, por isso prefiro me relacionar com cartas abertas na mesa, posso ser leal e cúmplice, mas fiel é impossível, se um dia prometer fidelidade sexual, não acredite estarei mentindo.
E sendo consciente comigo mesmo, dou a mesma liberdade a pessoa que amo, seria incoerente cobrar fidelidade sexual da pessoa que amo, se eu mesmo não a dou.
Hoje vivo ao lado de alguem que me entende e pensa de forma bem parecida comigo, estamos nos ajustando, nos moldando, para que a liberdade de sermos o que somos, não atrapalhe nossos sentimentos e nossa convivência tão harmoniosa, nada é feito que possa magoar o outro, importante saber aonde se pode ir, sem respeito a outra parte não há amor ou liberdade que perdure.
A liberdade tem que ser pra ambos, assim a relação será baseada na lealdade e na cumplicidade.
Cumplicidade... palavrinha simples mas que muitos não conseguem vive-la em sua plenitude, uma pena, pois, não ha nada melhor, mais gostoso, mais tesudo do que ser cúmplice da pessoa que se ama.
Logico que essa liberdade tem que ser vivida com responsabilidade, com inteligencia, com coerência e de forma equilibrada ou de nada adianta.
Repito não falo de promiscuidade e sim de amar em liberdade e não ter que pagar um preço por vc ter achado a pessoa da sua vida, aquela ou aquele com quem quer passar o resto da sua vida juntos e que vc deu seu sentimento mais precioso, o amor.
Isso não deveria ter preço, mas infelizmente há, e há quem pague algumas prestações , mas depois acaba mentindo, pois, não consegue pagar todas as prestações.... e quem cobra acha que esta recebendo em dia, mas não está e dai relações que poderiam durar a vida toda terminam porque o preço é muito alto para ter o direito de amar e ser amado.
Apenas meu modo de pensar, todo mundo tem um jeito de amar, de se entregar a uma amor, aqui não há nenhuma verdade, regra ou modo certo de amar, é apenas o meu modo de amar, que a vida e experiências por quais passei, fizeram adaptar o amor ao meu modo de ser, as vezes relendo parece ser até meio prepotente, mas quem me conhece sabe do meu respeito as todas as formas de convivência, entretanto esse é meu modo de pensar pode ser que repense daqui uns anos, sempre fui mutante em meu pensar sem perder minha essência.
O amor por si só não deveria ser livre?